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A 3º Caixa Surpresa - um pouco de Pfeiffer e da Itália


A Michelle Pfeiffer é uma das atrizes mais famosas do mundo do entretenimento, começando sua carreira já na década de 70. Uma prova da sua versatilidade como atriz é que mesmo depois de estrelar na desastrosa continuação de Grease -Nos Tempos da Brilhantina (1978), o intitulado Grease 2 (1980), ela conseguiu o papel na refilmagem Scarface (1983), que a lançou ao estrelato certeiro. 
Atualmente, Pfeiffer está retomando sua carreira, depois de um hiato de mais de quatro anos, em filmes como Assassinato no Expresso Oriente e Mother! e aos 59 anos de idade, que ela completa no dia 29 de abril, ela está mais maravilhosa do que nunca.

                                                              MGM/Divulgação/Gif
Por isso a nossa Caixa Surpresa vamos homenagear a atriz em um de seus filmes sendo dirigida por Jonathan Demme, o diretor que faleceu nesta semana. Aproveite que a Caixa Surpresa dá uma dica de livro, filme e álbum, para você curtir seu final de semana como quiser! 

Sugestão de filme: De Caso com a Máfia (Married to the Mob) -1988

Divulgação/Pôster
Nesta comédia Michelle Pfeiffer interpreta Angela de Marco, uma jovem viúva de um mafioso que recentemente faleceu, o Cucumber Frank de Marco, vivido por Alec Baldwin, Atraente, ela logo começa a ser o centro das atenções do chefe mafioso de seu marido, o Tony 'The Tiger' Russo (Dean Stockwell). Tony, é claro, está sendo investigado pelo FBI e quando notam se interesse por Angela, um agente, especificamente, o agente Mike (Matthew Modine), se infiltra na máfia, mas acaba, é claro se apaixonando por Angela. A partir daí é só confusão. 

O interessante é o paralelo que o diretor, Jonathan Demme, faz com um de seus outros filmes mais bem sucedidos, o oscarizado O Silêncio dos Inocentes (1991). Em uma entrevista com a Rolling Stones, ele conta: "O que me deixou animado com De Caso na Máfia é que tinha o mesmo tema secreto de O Silêncio dos Inocentes. Uma mulher que quer andar na linha e os homens na sua vida não permitem. Os caras malvados não permitem e os bonzinhos também não. E ela é capaz de conseguir uma trajetória boa através das mulheres de sua vida." Outro paralelo com O Silêncio dos Inocentes é que ambos os filmes têm a música Goodbye Horses da banda Q Lazzarus, uma das bandas favoritas do diretor. 

Um filme super divertido que lida com a máfia e as escolhas de uma mulher forte, que não se intimida pelos homens de sua vida, De Caso com a Máfia é aquele típico filme 'Sessão da Tarde', muito bem filmado e com uma pegada cômica que a Michelle consegue repassar muito bem em sua atuação. 

Sugestão de livro: Éramos Seis de Maria José Dupré 

Divulgação/Coleção Vagalume
O livro Éramos Seis é um dos mais famosos já escritos por Maria José Dupré. A escritora, que antigamente assinava seus livros como Sra. Leandro Dupré, também criou uma série de livros para crianças chamada Cachorrinho Samba. Mas foi Éramos Seis, lançado em 1943, que fez um sucesso estrondoso tanto na crítica quanto no público. O livro, aliás, foi adaptado em 1945 em um filme homônimo, gravado na Argentina, protagonizado por atores como Perla Achával e Tito Alonso. A obra só ganhou uma adaptação aqui no Brasil em 1977, com a novela Éramos Seis que era exibida pela extinta TV Tupi e, posteriormente, pelo SBT.

A obra de Maria José Dupré conta a história de uma família, a Lemos, que tem como a matriarca da casa a Dona Lola e é pela perspectiva dela que acompanhamos o livro todo. Seus quatro filhos, uma menina a vaidosa Isabel, e Julinho, Carlos e Alfredo, todos com personalidades distintas convivem em um ambiente de classe média, com uma mãe amorosa e um pai, Júlio, extremamente rigoroso. 

Atenta aos mínimos detalhes, construindo uma narrativa densa, mas sem cansar o leitor, Maria José Dupré ganhou inúmeros prêmios por Éramos Seis, entre eles, o prêmio Raul Pompéia em 1944, em uma época que muitas poucas mulheres, no Brasil, tinham seus livros lançados. O interessante é que seu livro foi lançado em sua primeira edição com um prefácio de Monteiro Lobato, amigo próximo do casal Dupré. 

Sugestão de álbum: Profumo di Donna de Armando Trovaioli ‎

Divulgação
Al Pacino ganhou o Oscar em 1993 pela sua interpretação de um capitão cego, Frank Sleade, que faz uma amizade inesperada com um jovem estudante no filme Perfume de Uma Mulher (1992), mas o filme na verdade é uma refilmagem do italiano Profumo di Donna protagonizado pelo talentoso Vittorio Gassman, que também faz uma aparição em outro clássico italiano Cinema Paradiso (1988). Os dois filmes tem uma história completamente similar, embora o italiano seja mais libertinoso, mas as trilhas sonoras não poderiam ser mais diferentes. 

Se ao pensar em Perfume de Uma Mulher com Al Pacino já vem à mente a canção da cena do tango composta por Thomas Newman, a italiana, composta por Armando Trovaioli não tem nenhuma tão marcante, mas isso não torna sua trilha sonora para Profumo di Donna menos merecedora. Ela é, na verdade, completamente suave e a presença de trombetes e piano marcam a beleza do filme, que mostra os altos e baixos de duas pessoas que não poderiam ser mais diferentes. 

Apesar da trilha sonora completa de Profumo di Donna não estar disponível na internet, no Youtube é possível achar as composições Sara, In The Dark e Tu Amore Mio, uma das mais belíssimas do filme, diga-se de passagem. Composições que apenas podem ser descritas por terem uma sensibilidade que muitas vezes apenas filmes italianos conseguem transpassar. 





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