O caso de Jo e Laurie - As Mulherzinhas de Louisa May Alcott - Caixa de Sucessos

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05/11/2018

O caso de Jo e Laurie - As Mulherzinhas de Louisa May Alcott

*spoilers de As Mulherzinhas (Little Women), Esposas Exemplares (Good Wives) e os subsequentes livros

Se vocĂȘ, assim como eu, viu os filmes de As Mulherzinhas antes de ler o livro de Louisa May Alcott, deve ter se apaixonado pelo rebelde e livre Laurence, especialmente o da versĂŁo de 1994 interpretado por Christian Bale. 

O professor Baher, apesar de doce e prestativo, nĂŁo parecia ser exatamente o par ideal de Jo e ao ler os dois livros As Mulherzinhas (Little Women) e Esposas Exemplares (Good Wives) essa sensação continuou, mas com um porĂ©m: enquanto Jo, Beth e Meg permaneceram com as mesmas caracterĂ­sticas entre As Mulherzinhas para Esposas Exemplares (que tem trĂȘs anos de intervalo), Laurie e Amy sofreram as maiores alteraçÔes de personalidade e carĂĄter e isso foi algo que nunca entendi, atĂ© pesquisar sobre a vida da prĂłpria autora, a Louisa May Alcott, e seu estado de espĂ­rito ao escrever a obra.

Jo e Laurie em suas versÔes cinematogråficas: em 1933, 1949 e 1994 (temos matéria sobre aqui)
Louisa recebeu o pedido de escrever um livro infantil de seu editor Thomas Niles, apesar de jĂĄ ter escrito, anteriormente, inĂșmeras obras de suspense de relativo sucesso. O motivo? Segundo a biografa Madeleine Stern, Thomas queria tentar recriar o sucesso da saga infantil Oliver Optic e pediu que Louisa tentasse escrever uma histĂłria de garotas, jĂĄ que a escritora teria se dado bem com outras publicaçÔes mais juvenis.

A escritora, entĂŁo, se inspirou no que conhecia: sua vida ao lado de suas trĂȘs irmĂŁs. No livro As Mulherzinhas (Little Women) ficou dividido assim: Jo, inspirada em Louisa era a protagonista. Anna, a irmĂŁ mais velha de Louisa que sonhava em ser atriz e se tornou uma dona de casa, era a carinhosa Meg. A doce Beth no livro tinha o mesmo nome na vida real, Elizabeth, e morreu de febre escarlate aos 22 anos de idade, devastando toda a famĂ­lia. Por fim Amy, na verdade, Abigal May, uma grande artista que encontrou sucesso em sua profissĂŁo, diferente de sua personagem.

Louisa May Alcott para começar, nĂŁo queria escrever um livro para garotas e relutou com essa tarefa atĂ© o fim. Em seu diĂĄrio, ela escreveu: "Eu faço, embora nĂŁo goste deste tipo de coisa. Nunca gostei de garotas ou conheci poucas delas - alĂ©m de minhas irmĂŁs, mas nossas peças alegres e experiĂȘncias talvez se provem interessantes, embora eu duvide muito." Alcott nĂŁo poderia estar mais errada! Com o lançamento de Mulherzinhas (Little Women) em 1868, as irmĂŁs March cimentaram seu espaço na literatura mundial, assim como o incessĂĄvel debate do possĂ­vel caso de amor entre Jo e Laurie.

Jo e Laurie eram o casal perfeito? 
O livro As Mulherzinhas conta a histĂłria das irmĂŁs March - Meg, Jo, Beth e Amy - que, apesar de nĂŁo serem de uma famĂ­lia rica, contam com os bons conselhos de sua mĂŁe, apelidada carinhosamente de Mammie, e com muita imaginação e amor familiar. O que elas nĂŁo esperavam Ă© que Theodore Laurence, Laurie, um jovem menino rico fosse se mudar para a mansĂŁo ao lado, pertencente ao seu avĂł. Introvertido e sem amigos, logo Jo teima em tĂȘ-lo como seu parceiro e assim se inicia uma linda amizade, que poderia se tornar algo a mais. AlĂ©m disso, em cada capĂ­tulo do livro, um ensinamento de amor e compaixĂŁo Ă© ensinado para os leitores.

Mas por que nós, leitores, fixamos tanto entre o que poderia ter sido entre Laurie e Jo? A resposta estå no primeiro livro de Louisa sobre as irmãs March, o As Mulherzinhas. Durante todo o livro, Alcott då pistas sobre um possível romance desabrochando entre Jo e Laurie e como a sintonia entre eles seria quase perfeita. Mas quando o leitor chega na continuação Esposas Exemplares (Good Wives), a personalidade de Laurie muda completamente.

O Laurie em As Mulherzinhas Ă© um jovem que sonha em ser mĂșsico, Ă© alegre, travesso e nĂŁo se importa com as formalidades da sociedade. Impulsivo, ele nĂŁo quer ser um homem de negĂłcios e sim um mĂșsico famoso como sua mĂŁe. Jo, aliĂĄs, tambĂ©m tem sonhos grandes: quer ser uma escritora de sucesso e almeja a independĂȘncia. Um par, no papel, que seria ideal, certo?

O Laurie de As Mulherzinhas nĂŁo Ă© o mesmo em Esposas Exemplares 
Em As Mulherzinhas (Little Women), aliås, temos vårios momentos entre Jo e Laurie que corroboram esse possível romance. Primeiro: quando os dois se conhecem, em uma festa na casa de Laurence, ele estå em uma ante-sala, sozinho, tentando se esquivar dos convidados empertigados. Ele não repara nas roupas "surradas" de Jo e preza sua companhia mais do que qualquer outra. Isso acontece também quando encontra Meg toda arrumada em uma festa de sociedade, no qual Laurie afirma: "não gosto de exageros e plumas". O Laurie em Esposas Exemplares (Good Wives) é o total oposto: parece amar extravagùncias e presentes.

Segundo ponto, em As Mulherzinhas, a prĂłpria Louisa dĂĄ a entender que Jo pode ter uma estima a mais por Laurie, que ela tem medo de admitir. Ao descrever o "seu menino", como ela o chama durante a saga de livros, Jo afirma:
"Ele Ă© maduro para a idade que tem, Ă© alto, e quando quer pode ter maneiras muito adultas. AlĂ©m disso Ă© rico, generoso, bom, ama Ă  todas nĂłs." 
Tudo bem que nesta cena em particular, Jo o descreve pois almeja o casamento entre Laurie e Meg, sua irmã mais velha (apenas com medo que ela se casa com John Brooke e desfaça a família). Sua mãe pede para que não se meta, jå que ela deveria deixar "o tempo e o coração unir seus amigos." Logo depois, aliås, Laurie faz uma surpresa para Jo, referente ao bem-estar de sua irmã doente Beth e tem a coragem de lhe dar uns dois beijos tímidos na boca.

Jo se afasta dele com delicadeza e pede para que ele nĂŁo faça mais isso, porĂ©m Laurie demonstra que quer se tornar mais Ă­ntimo de sua amiga rogando que lhe abrace novamente. Mas os fatos de um possĂ­vel romance nĂŁo sĂŁo sĂł fĂ­sicos! Laurie a encoraja, inclusive, a perseguir seu sonho de se tornar uma escritora  quando ela leva alguns de seus contos para a editora local no capĂ­tulo 11 de As Mulherzinhas, afirmando: "Seus contos sĂŁo obras de Shakeaspeare se comparados ao lixo que publicam diariamente. NĂŁo serĂĄ divertido vĂȘ-los publicados e nos orgulhar de nossa autora?"


A prova definitiva, no entanto, de que Louisa May Alcott provavelmente planejava tornar Jo e Laurie um casal estĂĄ no capĂ­tulo 10, no qual a narradora dĂĄ a entender que cartas de amor estavam no futuro da famĂ­lia March-Laurence, que entĂŁo tinham criado uma caixa postal exclusiva entre eles. Em As Mulherzinhas, lĂȘ-se: "Sem imaginar quantas cartas de amor aquela pequena caixa postal receberia em anos futuros".

A caixa postal nĂŁo recebeu cartas de amor futuras, pelo menos nĂŁo em sua sequĂȘncia Esposas Exemplares (Good Wives) e isso apenas torna ainda mais forte a teoria de que Louisa desistiu de tornar Laurie e Jo um casal. Tudo pela insistĂȘncia atormentadora das fĂŁs.

Em seus diårios, Louisa deixou bem clara as suas intençÔes: "Garotas me escrevem pedindo para saber com quem as irmãs vão se casar. Eu não vou casar Jo com Laurie para agradar ninguém." May Alcott foi além e em carta para sua amiga, Elizabeth Powell, declarou:
Jo deveria ter permanecido uma escritora solteirona [assim como ela] mas tantas jovens leitoras entusiĂĄsticas escreveram que Jo deveria se casar com Laurie ou com alguĂ©m que eu nĂŁo me atrevi a recusar e perversamente fui e criei um par peculiar para ela." 
É assim que em Esposas Exemplares (Good Wives) entra o autoritĂĄrio e paternal Professor Baher (que preenche o papel do pai de Jo, que quase nunca aparece nos livros) e que a personalidade de Laurie se transforma completamente, em uma rotação de 180Âș, para que Alcott pudesse dar um choque de realidade para suas leitoras e justificar a separação do jĂĄ tĂŁo querido casal.

Jo e Professor Baher em As Mulherzinhas, filme de 1949
Jo, Beth e Meg continuam com as mesmas personalidades, desejos e problemas na sequĂȘncia Esposas Exemplares. Laurie e Amy sĂŁo os que mais se transformam e isso tem uma explicação: jĂĄ que Alcott nĂŁo deixaria Jo ficar com Laurie decidiu que o jovem deveria, ainda, continuar na famĂ­lia e assim se casar com a outra March disponĂ­vel, a egoĂ­sta Amy que se torna, ao longo da sequĂȘncia, realmente o protĂłtipo de uma boa esposa.

No primeiro capĂ­tulo de Esposas Exemplares, o leitor conhece, logo de cara, um Laurie diferente que "fazia loucuras, namorava, mostrava-se dado a elegĂąncias requintadas, deu e levou trotes, falou em gĂ­rias e esteve perigosamente prĂłximo da expulsĂŁo ou da suspensĂŁo." Um jovem que nada tem a ver com aquele que conhecemos no primeiro livro. Pode-se argumentar que essas mudanças fazem parte da adolescĂȘncia, de cometer erros, de se descobrir, mas a mudança de Laurie Ă© escrachada demais para ser apenas uma coincidĂȘncia.

Tanto que, quando Thedore Laurence finalmente tem coragem e pede sua Jo March em casamento, no triste capĂ­tulo  Coração Partido, ela nega seu pedido e dĂĄ esta resposta como justificativa:
"Sou feia, desajeitada, pobre e velha e vocĂȘ se envergonharia de mim e nĂłs discutirĂ­amos...eu nĂŁo gostaria da sociedade elegante e vocĂȘ detestaria minhas escritas e eu nĂŁo poderia viver sem ela e serĂ­amos infelizes e desejarĂ­amos que nunca tivĂ©ssemos nos casado." 
O mesmo Laurie que jurou nĂŁo gostar da alta sociedade? Que desejava viajar ao mundo e se tornar um pianista famoso? E que sempre incentivou as escritas de Jo? Louisa May Alcott transformou completamente a personalidade de Laurie na sequĂȘncia de As Mulherzinhas e fez isso de propĂłsito: para que o Laurie por quem Jo poderia se abrir e se apaixonar nĂŁo existisse mais. Para jogar um "balde de ĂĄgua fria" nos sonhos romĂąnticos de milhares de suas leitoras. O fato de Mammie tambĂ©m considerar que o par nĂŁo combinava (na base do novo Laurie), tambĂ©m nĂŁo ajudou o caso do jovem apaixonado.


A introdução de Professor Baher ocorre gradualmente, antes mesmo de Jo ser pedida em casamento por Laurie, e ele é apresentado como alguém mais velho, såbio, que aos poucos ganha a afeição de Jo. Mas um leitor mais sagaz consegue ler nas entrelinhas: quando a jovem escreve de Nova York para a família, a pessoa que ela mais menciona é o Baher, sempre em uma luz positiva, falando de sua bondade e de seu carinho. Louisa May Alcott jå estava programando o personagem para ficar com Jo e para que os leitores, mesmos os aficionados por Laurie, não pudessem odiå-lo.

Amy, aliås, ganha mais destaque na continuação da história e acompanhamos como ela se desenvolve em uma mulher de respeito da sociedade em Paris, que entende todos os pormenores do que faz uma dama ser uma dama. Não soa familiar o fato de Amy ser a dama que Jo nunca seria? Quando Laurie tem seu coração partido ele vai viajar pela Europa e encontra a pequena March pelo caminho que lhe då um "sacode" e o endireita. A intenção de Louisa May Alcott é muito óbvia: transformar Laurie e Amy em um casal e deixar Jo ao lado do sempre correto e bondoso Professor Baher.

Para isso ela transforma, essencialmente, Laurie e Amy em outras pessoas, que agora seriam compatíveis um com o outro. Nesse meio tempo, Jo enfrenta a morte de Beth, sua irmã mais próxima, e isso lhe abre o coração para o amor. Para o amor do constante Baher, que lhe då o que mais necessita em um momento de luto: segurança.

Não me levem a mal, o professor Baher nem de longe é um mau personagem. Ele é bondoso, cuidadoso, atencioso e ama crianças, mas fica claro que ele foi inserido apenas para que Laurie não tivesse chance alguma. Para atender as necessidades de Jo e não desafiå-la. Para mostrar, aliås, que nem sempre a vida acontece de acordo com o que esperamos, com o que desejamos.

Peter Lawford e Elizabeth Taylor como Laurie e Amy em Mulherzinhas, 1949
A verdade nua e crua Ă©  que Louisa May Alcott em Esposas Exemplares simplesmente narrou as verdades da vida: nem sempre ficamos com aquele que sonhamos. Nem sempre conseguimos realizar nossos sonhos (Laurie se torna um homem de negĂłcios e Amy desiste de sua pintura) ou temos uma vida idealizada e repleta de aventuras. O destino Ă© cruel e, muitas vezes, nos leva a tomar decisĂ”es de acordo com nossa segurança e nĂŁo por nossas paixĂ”es.

Quer um exemplo? Laurie foi baseado em um dos romances da vida real de Louisa May, o pianista Ladislas Wisniewski, apelidado por ela de Laddie (Laurie?) alĂ©m de inspiração em outros amigos como Alf Whitman, Ralph Emerson e Henry Thoreau. Louisa e Ladislas nĂŁo poderiam ser um casal e assim, Jo e Laurie tambĂ©m nĂŁo.

Afinal, a vida nos muda e muda aquelas Ă  nossa volta. Mas a moral Ă© esta: se permanecermos unidos, como famĂ­lia e amigos, nada Ă© tĂŁo ruim que nĂŁo se possa enfrentar juntos. Jo e Laurie, aliĂĄs, permaneceram amigos durante os quatro livros de May, com uma cumplicidade bem maior do que dividiam com suas caras-metades.

O caso de Jo e Laurie é simples: a Jo e Laurie de As Mulherzinhas com toda a vida pela frente eram o par perfeito um do outro. O de Esposas Exemplares, com o passar dos anos e a intervenção óbvia da autora, não poderiam ser mais diferentes. Louisa elevou o sonho dos leitores apenas para despedaçå-los no caminho, como a vida mesma faz. Mas isso teve, ao menos, um efeito positivo.

Passaram-se mais de 200 anos da publicação do livro e continuamos a falar de Jo e Laurie. Continuamos a falar de As Mulherzinhas (Little Women). Continuamos a desejar que tudo pudesse ser diferente. E não é este o objetivo, afinal?



6 comentĂĄrios:

  1. Nossa que eu sofri quando eles nĂŁo ficaram juntos! Acho que fui mal acostumada por Jane Austen. O curioso Ă© que na minha prĂłpria vida nĂŁo fiquei com o meu primeiro amor, mas uma parte do inconsciente fica preso aquela antiga histĂłria nĂ©? Muito interessante sua reflexĂŁo, "nem sempre ficamos com aquele que sonhamos. Nem sempre conseguimos realizar nossos sonhos ou temos uma vida idealizada e repleta de aventuras". É isso mesmo, a diferença Ă© que levamos anos para aprender essa lição e ler tudo isso em alguns capĂ­tulos Ă© mais doloroso e rĂĄpido. Obrigada!

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    1. Olå, Débora, tudo bom? Espero que sim.
      Eu também fui mal acostumada pela Jane ~quando li as Mulherzinhas queria muito que Jo e Laurie ficassem juntos, mas acho que neste caso deu certo para ficar diferente e nós continuarmos a debater sobre o livro da Alcott.

      Sim, a gente sempre fica pensando no que poderia ter sido nĂ©? No livro parece atĂ© mais doloroso, pois Ă© como vocĂȘ escreveu, aconteceu bem mais rĂĄpido que na vida real.

      Muito obrigada pelo seu comentĂĄrio e por favor, volte sempre!

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  2. O texto se aprofundou de forma admirĂĄvel no possĂ­vel romance entre os dois amigos, realmente nĂŁo sabia que Loisa M. Alcott os romperia de forma tĂŁo brusca de propĂłsito contra as fĂŁs, muito astuta! Em diversos momentos no livro hĂĄ esses muitos indĂ­cios de um romance inevitavel no futuro que no final das contas, foi sim evitado haha.
    Mas uma pergunta, quando eu li "As Mulherzinhas" me lembro bem da Beth morrendo de uma maneira bem frĂĄgil e triste sendo apagada por sua famĂ­lia, como a personalidade dela continua entĂŁo a mesma na sequĂȘncia do livro?

    Obrigada pela atenção, ótimo texto!!

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    1. OlĂĄ, tudo bom?
      Não sei se foi o seu caso, mas o meu livro As Mulherzinhas acaba quando o Laurie vai para a faculdade. Daí a "continuação" é em Esposas Exemplares. Então Beth morre em Esposas Exemplares no meu caso e não em Mulherzinhas. Hoje em dia as ediçÔes comprimem As Mulherzinhas e Esposas Exemplares no livro, mas não era assim nos mais antigos.

      E muito obrigada, fico muito feliz que tenha gostado :) Realmente, a autora foi muito astuta!

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  3. Nossa, eu assisti esse filme quando era pequena, e constantemente tentava achĂĄ-lo sem sucesso. Hoje, sem pretensĂŁo nenhuma, dei de cara com o tĂ­tulo por conta do de 2020, e tamanha foi minha surpresa ao perceber que era o mesmo que tanto procurei!
    Adorei o texto, e relembrar o filme, pois o assisti apenas uma vez. Muito obrigada!

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    1. OlĂĄ, Juliana, que bom saber que vocĂȘ gostou da matĂ©ria! Eu tambĂ©m amo essa sĂ©rie de livros e os filmes.

      Muito obrigada e volte sempre :)

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